TEXTOS
A criação de mundos
— Charlene Cabral
Como sobreviver ao mundo
— Fernanda Lopes
Questões do contemporâneo
— Alberto Saraiva
Prefácio - orun
— Raquel Valadares
Firmamentos: uma conversa
— Mari Fraga e Paula Scamparini
Paula Scamparini: em contínuo ponto cego e recomeço
— Clarissa Diniz
barco sobre lona
— Fernanda Lopes
Restauros, retornos e recomeços
— Maria de Fátima Lambert
oca-oxalá: made in Portugal
— Lourenço Egreja, Clarisse Meirelles
orun
— Heloísa Meireles Gesteira, Paula Scamparini
série palavras
— Fernanda Lopes
sobre carapuças e luz na obra de Paula Scamparini
— Sônia Salcedo del Castillo
as 23 noites
— Sônia Salcedo del Castillo
Egos misteriosos como águas sombrias, carentes de feixes. Ah! Vislumbro um jogo, quase brincadeira luminosa e clara, de mitológicos deuses mensageiros sedutores eternos, feitos Mercúrio ou Afrodite, quiçá de fabulares seres de chapéus e asas como gnomos ou fadas. Mágico esse olhar sobre a natureza em sua beleza jovial pulsante de desejos, sonhos, delírios insones infames de puros e totais prazeres... Sim: à fecunda maneira de Hera...
Palavra alguma seria capaz de falar daquelas cores-luz que lembram Peter Pan ou Sininho. [Sai jacaré tic-tac... aqui não há ponteiros... Somos espaços descompromissados do tempo quais pontos prontos à onda quântica, a grande senhora dos lugares...
Num lapso, há breu na sombra entre as folhas, há carapuças estranhas sinistras a espreita, o lago nos olha como espelho sem lua e ao farfalhar dos galhos o medo se esconde e pulsa...
Solitária visão, solitária palavra sem som, palavras, palavras... nem todos os livros que li saberiam dize-las... portanto há muito o que fazer ver... e, assim, muito por inventar...
Dai colo, recorto, suprimo, sugiro, resgato e até me aproprio...
... almejando um mergulho na natureza (aqui também, arte), sublimo o pequeno diante do grande! Posso deitar-me na relva e ter como abrigo a ursa maior, como quer Bachelard... Nenhum capricho nisso. Apenas vontade, desejo ou necessidade de dizer: mim
Palavra alguma seria capaz de falar daquelas cores-luz que lembram Peter Pan ou Sininho. [Sai jacaré tic-tac... aqui não há ponteiros... Somos espaços descompromissados do tempo quais pontos prontos à onda quântica, a grande senhora dos lugares...
Num lapso, há breu na sombra entre as folhas, há carapuças estranhas sinistras a espreita, o lago nos olha como espelho sem lua e ao farfalhar dos galhos o medo se esconde e pulsa...
Solitária visão, solitária palavra sem som, palavras, palavras... nem todos os livros que li saberiam dize-las... portanto há muito o que fazer ver... e, assim, muito por inventar...
Dai colo, recorto, suprimo, sugiro, resgato e até me aproprio...
... almejando um mergulho na natureza (aqui também, arte), sublimo o pequeno diante do grande! Posso deitar-me na relva e ter como abrigo a ursa maior, como quer Bachelard... Nenhum capricho nisso. Apenas vontade, desejo ou necessidade de dizer: mim